segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Morrendo a cada dia



Houve uma época em que tudo era especial e tinha um sabor mais gostoso.
Nessa época, os amores eram mais intensos e para toda a vida.
Todos não precisavam fingir felicidade. Ninguém precisava sorrir estando aos prantos por dentro.
Eu acho que vivi nesta época. Não posso ser dessa. Não aceito. Não sou.
Tenho sonhos diferentes. Interesses diferentes. Me fascino é por outra coisa.
Fala baixinho no meu ouvido? Me faz uma surpresa? 
Quero ter um dia estressante e chuvoso, só pra chegar em casa e te encontrar lá me esperando.
Quando as luzes já estiverem descansando, ainda estarei te olhando, te sentindo, porque eu conheço cada centímetro do seu corpo.
Sei exatamente como te excitar. Como despertá-lo do sono depois de uma noite. Como te arrepiar.
Ninguém me toca melhor que você. Seu toque é como estar sonhando acordado.
Você se importa. Eu me importo. Dou valor às pequenas coisinhas, pois são elas que fazem toda a diferença.
Não faço questão de quantidade, mas sim de como você irá se lembrar de mim ao amanhecer.
Eu vivo sonhando. Vivo no tempo errado.
Onde estão todas as rosas que eu vi, se dando ao balançar do refrescante vento da tarde?
Banalizaram o amor, aquilo que todos tem de mais precioso. Aquilo que fica.
Eu decidi não ceder à essa chantagem. 
Renascerei se for preciso, esperando a chuva cair novamente.
Incerto do que verei, tendo a certeza que minha fé não estará abalada.
Depois desse dia, estarei esperançoso de novo.
Desta vez, eu serei feliz e não como eles.
Decidi então, amar novamente após subir ao céu para acompanhar o migrar das andorinhas.




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