sexta-feira, 13 de maio de 2011

Familiaridades ocultas


Uma noite como qualquer outra, fria e tediosa.
Ouve-se uma conversa.
De repente o que era tédio se transformou em uma divertida conversa, um escapismo ao acaso, algo que não estava em meus planos.
Por algumas horas os problemas se esvaem, todos são amigos e gentis uns com os outros.
Me pego a descobrir que as diferenças que distanciam as pessoas são as mesmas que as fazem se atrair.
As aparências de fato valem um pote de ouro ao fim do arco-íris, porém o ouro hoje em dia pode ser algo que passe batido diante da imensidão de um querer.
A vontade de conversar, de conhecer, de saber mais era empolgante.
Me recostava na cadeira a fim de descobrir mais e mais.
Fitei os olhos em algumas pessoas. Simpáticas, educadas e de boa familiaridade.
Uma em especial me deixou pensativo... Uma pessoa a primeira vista sem muitas palavras, uma pessoa calada.
A curiosidade de descobrir mais a respeito me consumia de um modo diferente.
Quando menos esperei estava eu conversando com ela, por assim dizer... Me dei conta de que aquilo que se parecera tão diferente e intrigante no final era bem familiar a mim.
Talvez o que se tinha era uma falsa impressão de alguém frio.
Impressão, talvez um preconceito mascarado.
Mas nada que uma boa prosa não resolva e nos aproxime.

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